Enquanto a aliança em torno da candidatura à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), não é definida, os partidos que formam a base aliada do governo Antonio Anastasia (PSDB) se articulam para cumprir o objetivo de disputar com força o pleito deste ano nas 50 maiores cidades do estado, definindo a aliança como prioridade. Hoje, os presidente dos partidos (PSDB, DEM , PV, PDT, PTdoB, PTB, PPS, PR, PSD e PP, entre eles) se reúnem na sede do DEM, em Belo Horizonte. É o quarto encontro dos partidos, que ainda terão mais um, na primeira semana de junho, poucos dias antes do prazo final para desincompatibilização dos cargos públicos.
Entretanto, alguns casos precisam ser discutidos. Em Montes Claros, no Norte do Estado, não há consenso na base do governo. O vice-governador falou sobre a exoneração do secretário de estado de Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta (PDT), para concorrer à prefeitura. A expectativa é de que ele concorra tendo como vice a mulher do secretário de Estado de Desenvolvimento do Jequitinhonha e Mucuri, Gil Pereira (PP), Tereza Pereira (PP). Outro nome que complica o acordo da base do governo é Jairo Athaíde (DEM), que assumiu a terceira suplência de deputado estadual aberta com a indicação de parlamentares democratas e do PSDB para as secretarias de governo. Ele também é pré-candidato. “Quando o acordo não é possível para o primeiro turno, já pensamos no que pode ser feito para uma situação de segundo turno”, antecipa o vice-governador.
De acordo com Alberto Pinto Coelho, o objetivo da reunião é que cada presidente de partido apresente os nomes para as principais prefeituras. “As negociações devem ser acima dos interesses partidários. É preciso muito conversa e observar as pesquisas”, afirma o vice-governador. Outro objetivo é centrar forças nos municípios em que os principais partidos de oposição ao governo estadual (PT e PMDB) estão no poder.
ISOLADO A reunião, segundo o vice-governador, não vai discutir os temas relacionados à reeleição de Marcio Lacerda. Nas últimas semanas, a aproximação maior das lideranças do PSB com as lideranças do PT irritaram o PSDB, que exige se coligar proporcionalmente nas candidaturas para vereador ou ainda ter o posto de vice-prefeito. Entretanto, os petistas consideram que terão os dois postos, o que também irrita os vereadores do PSB, melindrosos de não conseguirem se eleger caso se coliguem com os petistas.