O regime diferenciado de contratação (RDC), idealizado para facilitar as licitações para as obras da Copa do Mundo e as Olimpíadas no País, traz avanços para o Estado que devem ser incorporados ao regime de compras públicas daqui para frente. Esta é a conclusão de um dos artigos publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no boletim "Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior".
"A formação de uma inteligência em compras públicas é um desafio para o Estado. Isto requer um esforço de qualificação de pessoal e um arcabouço de advocacia da concorrência e de estratégias de uso do poder do Estado com funções de política industrial, mais bem coordenado que as atuais iniciativas individuais de ministérios", diz o estudo de Fiuza.
O boletim traz também um artigo que consolida dados sobre a demanda e a oferta de produtos de defesa no Brasil. Os autores são Flávia de Holanda Schmidt, Rodrigo Fracalossi de Moraes e Lucas Rocha Soares de Assis. Há ainda um texto sobre o modelo de autorização de radiofrequência no País. Uma das conclusões do estudo, escrito por Rodrigo Abdalla Filgueiras de Sousa, é que um modelo único de leilões não serve a todos os mercados e o formato atual brasileiro precisa ser atualizado.
Para finalizar a publicação, a discussão sobre a infraestrutura volta com o estudo de Andrea Felippe Cabello sobre a implementação de redes elétricas inteligentes no País. De acordo com a autora, ainda é necessário analisar o custo-benefício real das tecnologias que fazem uso inteligente da energia elétrica no Brasil.