A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ouve na manhã desta quinta-feira os depoimentos de três dos acusados de envolvimento direto com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Eles foram presos pelas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.
Idalberto Matias de Araújo – Sargento da Aeronáutica conhecido como Dadá, é acusado de ser ‘espião’ do grupo. Também é suspeito de arregimentar policiais federais, civis e militares para as atividades criminosas, além de atuar na promoção dos sites de aposta eletrônica da organização e nas frentes de fechamento de bingos rivais, tudo isso de acordo com o requerimento de convocação aprovado pela CPI. Também foi flagrado pela Polícia Federal em conversas com parlamentares, no curso da operação Monte Carlo, que acabou por prendê-lo.
Wladimir Henrique Garcez – Preso pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal, o ex-vereador é apontado como um dos principais colaboradores da organização criminosa supostamente comandada por Cachoeira. De acordo com os requerimentos de convocação, Wladimir seria facilitador do grupo junto a agentes públicos, como as polícias civil e militar de Goiás.
Jairo Martins de Souza – Apontado nas investigações como envolvido nas atividades ilícitas praticadas pela organização criminosa. Segundo o requerimento de convocação aprovado pela CPI, era considerado um dos ‘espiões’ do grupo.
Os inquéritos policiais atribuem à organização, entre outros, os crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato, violação de sigilo e formação de quadrilha.
Os depoimentos serão realizados na sala 2, da Ala Nilo Coelho, do Senado.
Ficaram para a próxima quarta-feira (30), também às 10h15, os depoimentos de José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz e Lenine Araújo de Souza que, inicialmente, também estavam marcados para hoje.
Veja abaixo o envolvimento deles com o esquema de Carlinhos Cachoeira:
José Olímpio de Queiroga Neto – Apontado pela Polícia Federal como membro da organização criminosa. De acordo com os requerimentos de convocação, ele seria o gerente da organização no Entorno do DF e um dos responsáveis pelo pagamento de propina a agentes públicos. Também foi preso pela Operação Monte Carlo.
Gleyb Ferreira da Cruz – Preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, Gleyb é apontado como laranja de empreendimentos de Cachoeira. De acordo com os requerimentos de convocação, Gleyb aparece nas conversas interceptadas como elo entre Cachoeira e o delegado da polícia federal Deuselino Valadares, também preso.
Lenine Araújo de Souza – Preso pela operação Monte Carlo, é apontado como integrante da organização comandada por Carlinhos Cachoeira. De acordo com os requerimentos de convocação, Lenine era gerente do jogo do bicho e responsável pela contabilidade do grupo.