Após breve depoimento de Wladmir Garcez, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), iniciou uma série de indagações sobre o envolvimento do ex-vereador de Goiânia (GO) no esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira. As perguntas provocaram divergências políticas na comissão e foram criticadas pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).Sampaio afirmou que os questionamentos são direcionados e visam atingir somente o governador de Goiás, Marconi Perillo, e o PSDB. "A relatoria formular tão somente perguntas direcionadas para atender à determinação palaciana não é postura de parlamentar que exerce papel de magistrado, com a isenção que deve ser exercida", afirmou o deputado.

Em defesa do relator, o senador José Pimentel (PT-CE) afirmou que todos os questionamentos feitos por Odair Cunha tiveram como base o inquérito criminal. "As perguntas foram todas corretíssimas. Partiram todas do inquérito criminal e da representação feita pelo Ministério Público Federal. Ele está identificando os depoentes, pegando as provas já feitas pela Polícia federal", disse José Pimentel.

Orientado pelo seu advogado, Garcez evocou o direito constitucional de não produzir provas contra si mesmo e permaneceu em silêncio diante da maior parte dos questionamentos, reforçando apenas o que já havia afirmado em seu depoimento. A estratégia de não responder a perguntas também foi usada na terça-feira pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.