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Estado de Minas

Vereadores de BH transformam plenário em palanque


postado em 29/05/2012 06:00 / atualizado em 29/05/2012 07:05

Enquanto não podem ir para as ruas fazer campanha, os vereadores de Belo Horizonte aproveitam as reuniões extraordinárias para angariar votos. Com as galerias cheias, os parlamentares fazem questão de ir ao microfone para defender, elogiar ou até mesmo se autopromover diante de projetos de interesse social. Nessa segunda-feira foi a vez de os vereadores ganharem aplausos dos guardas municipais e dos interessados em legalizar os estacionamentos em igrejas da capital tombadas pelo patrimônio histórico. Na reunião de terça-feira, os parlamentares tentaram ganhar a simpatia dos educadores infantis. Além de muitos discursos favoráveis à categoria, eles derrubaram a proposta e a emenda de autoria do Executivo, que não agradava aos servidores.

Na reunião extraordinária de nessa segunda-feira, eles aprovaram em primeiro turno o projeto de lei que institui o plano de carreira da Guarda Municipal e o que autoriza os estacionamentos em áreas ao redor de imóveis protegidos por tombamento. Diferentemente da maioria das reuniões do ano, quase todos os vereadores (37 de 41) fizeram questão de aparecer. Quando o projeto que beneficia a Guarda Municipal foi colocado em pauta, 13 parlamentares foram ao microfone dizer que estão do lado da categoria em discursos inflamados – depois de já terem discutido as duas principais propostas da pauta durante o pinga-fogo, por quase uma hora.

 O vereador Cabo Júlio (PMDB) foi o primeiro a defender o projeto de lei que beneficia os guardas: “Os guardas estão de parabéns porque se mobilizaram”, disse o peemedebista, acrescentando que ele foi um dos que tomaram a frente do debate para a reformulação da proposta. Vale ressaltar que o projeto de lei aprovado foi modificado pelo Executivo depois que os guardas, em novembro do ano passado, invadiram a Câmara. No dia da manifestação, estava na pauta um projeto que não atendia as reivindicações da categoria e ainda criava 52 cargos de comissão na guarda. Esse número caiu para 17 com a nova proposta.

Elaine Matozinhos (PTB) e Iran Barbosa (PMDB) também fizeram questão de afirmar que estavam entre os que enfrentaram o governo para mudar o projeto. Já o presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PMDB), ressaltou que fez um grande esforço para que o projeto tramitasse o mais rápido possível. Os parlamentares se dirigiram diversas vezes às galerias tomadas pelos guardas para parabenizá-los, valorizando ainda a profissão.

Além de ter conseguido encerrar de vez o embate em torno do plano de carreira da Guarda Municipal, o Executivo conseguiu aprovar em primeiro turno outros cinco projetos de sua autoria, entre eles, o que autoriza dois empréstimos para a prefeitura e o que libera a construção de um centro de convenções na Região Nordeste da cidade.

Venda de lotes

O Projeto de Lei 1.698/2011, que prevê a venda de 120 terrenos públicos de Belo Horizonte, não vai entrar na pauta da próxima reunião extraordinária da Câmara. Requerimento protocolado pelo vereador Daniel Nepomuceno (PSB) pretendia que a proposta fosse para a votação sem passar pelas comissões. Os vereadores Iran Barbosa (PMDB), Leonardo Mattos (PV), Cabo Júlio (PMDB) e Sérgio Fernando (PV) foram ao microfone para defender maior debate em torno do projeto. Os vereadores acabaram derrubando o quórum e não votaram o requerimento.

 


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