Demóstenes Torres, ao centro, ao chegar para a reunião do Conselho de Ética - Foto: AgĂȘncia Senado Em depoimento na reunião do Conselho de Ética no Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou “tudo o que é divulgado sobre ele é feito com maledicência” e que pensou em renunciar ao mandato, após ter sido vinculado ao contraventor Carlinhos Cachoeira mediante tráfico de influência. “Vivo o pior momento da minha vida”, destacou, mencionando ter passado por depressão de “fugados amigos”. "Redescobri Deus. Se eu cheguei até aqui, é porque readquiri a fé", completou.
Segundo o parlamentar, ele “nada tem a ver” com o jogo do bicho, negando ter ficado com 30% do dinheiro da jogatina em Goiás. No entanto, confirmou ter amizade com Cachoeira, sem saber o tipo de atividades desenvolvidas pelo empresário. "Cachoeira se relacionava comigo e com cinco governadores", destacou. Para embasar a tentativa de provar a inocência, Demóstenes leu partes do inquérito da Polícia Federal (PF), que deflagrou as Operações Monte Carlo e Vegas.
Demóstenes também entregou cópia das contas e negou que tenha recebido R$ 1 milhão ou R$ 3 milhão de Carlinhos Cachoeira, conforme cita o inquérito da PF.
Conforme procedimento proposto pelo presidente do Conselho de Ética, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), e aprovado pelo colegiado, Demóstenes Torres não terá limitação de tempo para apresentar sua defesa.Após o depoimento, será dada a palavra ao relator Humberto Costa (PT-PE). Em seguida, será a vez dos demais membros do colegiado, que terão 10 minutos cada para formular perguntas. Terão voz ainda os demais senadores, pelo mesmo tempo concedido aos integrantes da comissão.
Com Agência Senado