Último dos convocados a tomar assento na sala da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, José Olímpio de Queiroga Neto, apontado como um dos gerentes da organização investigada, também se recusou a falar aos parlamentares e foi dispensado pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Com isso, foi encerrada a primeira etapa da reunião, convocada para ouvir suspeitos de envolvimento com Carlinhos Cachoeira e iniciada a segunda parte dos trabalhos, destinada a apreciação de requerimentos.
Também estão pendentes de deliberação os requerimentos de convocação dos governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
No início da reunião, o presidente da CPI do Cachoeira informou que a comissão é autorizada a convocar governadores. Ele analisou questão de ordem apresentada nessa terça-feira pelo deputado Gladson Cameli (PP-AC), que argumentava que a CPI violaria o princípio de separação de poderes caso convocasse governadores. O questionamento levou ao adiamento, na terça, da votação da convocação de governadores.
De acordo com parecer jurídico elaborado a pedido da presidência da CPI, compete à comissão investigar, mas julgamentos cabem a processos penais e autoridades podem ser ouvidas como testemunhas. "A comissão tem poderes de investigação para tirar suas conclusões e cabe solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão", assinalou Vital do Rêgo.