“Tal opção assumida pelos defensores ora signatários não se deve a nenhum receio ou preocupação por parte do senador em realizar o enfrentamento das questões que serão postas, até porque tal enfrentamento já foi exaustivamente realizado na tarde de ontem, mediante os longos esclarecimentos prestados ao Conselho de Ética”, diz o documento.
O requerimento, apresentado à CPI nesta quarta-feira (30), lembra que Demóstenes prestou depoimento de cinco horas ao Conselho de Ética na última quarta, sem se furtar a responder qualquer questionamento, inclusive os relacionados aos fatos apurados pela comissão parlamentar.
O texto também diz que cópia desse depoimento foi requerida pelo próprio investigado e seu inteiro teor será remetido à CPI. Demóstenes concordaria inteiramente com o compartilhamento da prova produzida perante o Conselho “em homenagem à verdade e à sua total disposição de esclarecer os fatos que lhe dizem respeito”.
Após a reunião administrativa da CPI do Cachoeira, nesta quarta-feira (30), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) já havia mencionado a possibilidade de utilizar as provas produzidas no Conselho de Ética, mas lamentou a dificuldade de preencher algumas lacunas com o silêncio do parlamentar.
– Ele já depôs no Conselho de Ética e acredito que trouxe informações preciosas. Era importante que ele dissesse quem são os cinco governadores que Carlos Cachoeira se relaciona ou se relacionou. O ponto mais importante para a CPI do depoimento de ontem do senador Demóstenes Torres foi a afirmação de que existem cinco governadores que têm relação com o senhor Carlos Cachoeira – disse.