O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou, nesta quinta-feira, durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que vai permanecer calado. O parlamentar alegou que a sessão de hoje possui o mesmo conteúdo do depoimento dado por ele nessa terça-feira, no Conselho de Ética do Senado. Segundo Torres, o advogado de defesa, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, está providenciando a degravação e as notas taquigráficas da fala do senador, na reunião dessa terça-feira.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) rebateu a fala de Costa, alegando que não se deve "ferir a dignidade" do senador Demóstenes, especialmente porque ele optou por não responder aos colegas parlamentares, com o direito constitucional de ficar calado. "Tenha cuidado apenas com as suas palavras. A Constituição da República afirma que um parlamentar não pode tratar quem quer que seja com indignidade". Costa se exaltou e chamou Taques de "deselegante", por ter interrompido a fala do petebista.
A reunião foi suspensa em menos de vinte minutos da abertura dos trabalhos.
Relator da CPMI
Em entrevista exclusiva ao canal Globonews, o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), comentou que Demóstenes está mais próximo de ter o mandato cassado. "Ele perdeu a oportunidade de prestar esclarecimento a muitas contradições do depimento ao Conselho de Ética do Senado, de contribuir para os nossos trabalhos e, acredito eu, assinou a sua condenação", disse.
Convocação de governadores
Nesta quinta-feira, o senador Vital do Rêgo comunicou que os depoimentos dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), de e Agnelo Queiroz (PT-DF), ficaram marcados para os dias 12 e 13 de junho, respectivamente. Perillo aparece em gravações telefônicas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e Agnello foi citado em algumas dessas conversas, interceptadas pela Polícia Federal.
Os requerimentos foram aprovados ontem pela CPMI, que poupou a convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).