Leia os principais tópicos da entrevista:
Como o sr. avalia as afirmações do governo goiano de que suas declarações são mentirosas e de que vai processá-lo?
É um direito que eles têm de entrar com ação contra mim, já que eles acham que estão com a razão. Mas não sei por que o poder está se doendo. Eu disse que queria esclarecer a situação de um depósito envolvendo o nome da minha filha e consequentemente o meu nome. Simplesmente contei a história de como foi feito o depósito. Inclusive houve um segundo depósito para completar os R$ 90 mil.
Como foi isso?
Estou fazendo esse levantamento e vou encaminhar até vocês. E tem outro detalhe: vou solicitar que seja quebrado o sigilo telefônico tanto meu quanto da minha filha e que também o façam com o telefone do sr. Lucio Gouthier Fiúza (assessor particular de Perillo) para constatarmos quem está falando a verdade. Já que eles querem a briga neste nível, nós vamos brigar neste nível.
Alguém avisou o sr. a respeito desse pagamento?
O Lúcio, que ligou. Nos dois depósitos, foi ele quem me ligou. Na sexta-feira, parlamentares defenderam sua ida à CPI do Cachoeira.
O sr. está disposto a comparecer à comissão?
Se for para estabelecer a verdade, eu vou a qualquer lugar para defender o meu nome e o da minha filha. Se quiserem enlameá-los, como estão tentando fazer agora, vamos ver como vai ficar esse jogo de forças aí.
O sr. tem algum temor?
Não temo os poderosos, não. Por que tentar imputar a mim a pecha de mentiroso, de irresponsável? Quer dizer que durante todas as campanhas que eu fiz eu era o bom e o maravilhoso, e agora eu sou o mentiroso e o irresponsável? Talvez então eu tenha sido mentiroso e irresponsável ao pedir voto para ele?
Com quem o sr. negociou sua participação na campanha e o valor do seu trabalho?
Diretamente com o candidato.
O governador Marconi Perillo?
Exatamente.