Até o fim da semana passada, o PT ainda tinha esperanças de atrair o PR para a chapa de Haddad. A legenda, inclusive, foi convidada para o 18º Encontro Municipal do PT no sábado, que ratificou a pré-candidatura de Haddad, mas não compareceu.
Para o coordenador da campanha petista, no entanto, a composição com o PSDB é vista com "naturalidade". Ele atribuiu a aliança à concessão de espaço para a sigla nas administrações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), principais articuladores da aliança tucana neste pleito.
"O sentimento da bancada municipal era pela aliança conosco, mas as questões nacionais decidiram. A presidenta Dilma tomou uma posição de não se intrometer nas eleições municipais, diferente do governador Alckmin e prefeito Kassab, que colocaram toda a máquina pública nessa campanha", disse.
Segundo o vereador, o PT ainda negocia alianças com o PSB e o PCdoB. Caso os socialistas e os comunistas integrem a chapa petista, o tempo estimado de propagando eleitoral gratuita de Haddad poderá chegar a seis minutos, sendo quatro e meio do PT, um do PSB e meio do PCdoB. Com a aliança com o PR, o tucano José Serra deverá ter o maior tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV nessas eleições, com cerca de 8m14segundos, caso a sigla feche acordo com o PP de Paulo Maluf.
Além de compor a base aliada do governo Dilma Rousseff, o PR também integra a suplência da senadora petista Marta Suplicy (SP), com o vereador Antonio Carlos Rodrigues. Na sexta-feira, o presidente do Diretório Municipal do PR paulista, vereador Toninho Paiva, informava que o caminho da sigla nessas eleições municipais na Capital deveria ser mesmo o fechamento de uma aliança com os tucanos. No ano passado, após perder o comando do Ministério dos Transportes, a sigla não foi contemplada com mais espaço na administração federal.