Apesar de sair em defesa do correligionário, Aécio, questionado sobre um possível constrangimento ao partido pelas acusações contra Perillo, assumiu que "não é agradável para ninguém quando vê um companheiro seu sofrendo esse tipo de ataque". Mas pediu serenidade e declarou que o goiano merece "crédito" e um "voto de confiança até pela trajetória" que ele tem na legenda. "Vamos dar ao governador Marconi o direito que qualquer cidadão tem de se explicar. Vamos aguardar que ele preste todos os esclarecimentos", afirmou.
O mineiro também defendeu a celeridade dos trabalhos da CPI para evitar que as investigações se tornem "um instrumento de briga política" com a proximidade das eleições municipais, em outubro. "(A CPI) não pode se resumir em uma briga entre base do governo versus oposição. Ela, para atingir os seus objetivos, tem que investigar todas as relações do contraventor Cachoeira no setor público em todos os níveis, federal, estaduais e municipais, e também com o setor privado, sem preocupação regional, nacional", disse. "É isso que esperamos e vamos estar vigilantes para denunciar qualquer tentativa de resumi-la em uma briga entre a maioria governista versus a minoria da oposição", completou o tucano.
Sobre a situação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), flagrado pela Polícia Federal (PF) em várias conversas telefônicas com o contraventor, Aécio avaliou que as denúncias são "extremamente graves e constrangem muito o Senado Federal". O mineiro não quis antecipar se é a favor da cassação do mandato do colega, investigado pela Comissão de Ética da Casa, mas se disse a favor do voto aberto na questão para que cada parlamentar possa "se manifestar" sobre o caso. "Obviamente tenho que respeitar o tempo normal e não cabe a mim antecipar isso, mas vocês, em um momento certo, saberão claramente o meu voto", concluiu.