O BNDES, por meio da assessoria de imprensa, informou que o acordo feito anteriormente com o MPF era de que a liberação dos recursos seria suspensa – até a aprovação do projeto executivo pelo TCE – quando o desembolso superasse 65% do valor total do financiamento. A entidade limitou-se a lembrar que esse percentual ainda não foi alcançado.
O ato do MPF foi baseado em orientação expedida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por meio do Acórdão nº 3.270, de 2011. De acordo com informações do MPF, o BNDES afirmou recentemente à procuradoria que iria paralisar as liberações dos recursos, pelo prazo de 45 dias, para aguardar o pronunciamento do TCE-MG quanto a possíveis problemas nas obras e, se não houvesse manifestação do tribunal até o fim do prazo, poderia retomar a liberação do crédito. “O zelo pela probidade administrativa e pela correta aplicação dos recursos públicos é um direito e dever de cada cidadão e de todo o Estado brasileiro”, ressaltou o procurador da República Álvaro Ricardo de Souza Cruz.
Dinheiro privado
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo, as obras não serão paralisadas por envolver também recursos privados, por se tratar de parceria público-privada (PPP). Por meio de nota, a secretaria informou que a análise do TCE-MG, a partir de determinação do TCU, a respeito dos projetos executivos do estádio, é um procedimento requerido a todos os empreendimentos que recebem recursos do BNDES para construção de arenas para a Copa 2014. Acrescentou ainda que o governo do estado e a empresa Minas Arena, responsável pelo projeto do Mineirão, já forneceram todas as informações necessárias ao órgão de controle. Já o TCE-MG informou que recebeu a solicitação do BNDES sobre a análise das obras, mas que ainda espera documentação que deverá ser entregue pelo banco para concluir o parecer.