Em meio ao tumulto, o prefeito concedeu rápida entrevista, sem antecipar como reagirá à imposição do partido. "Não tive nenhum convencimento político para o ato tomado", afirmou ele, que irá se reunir com seu grupo político para tomar uma decisão. Entre as alternativas, está a possibilidade de recurso à direção nacional e até à justiça comum, pelo direito de disputar a reeleição.
"O caso não está encerrado", afirmou o presidente do PT municipal, Oscar Barreto, para quem a intervenção da executiva "foi um erro político". O ex-presidente do PT estadual, Jorge Perez, destacou que o prefeito tem sido bem avaliado e que a vontade da base não foi levada em conta. "Se é para ter Humberto porque ele não pode ser escolhido em prévias?", indagou.
Humberto Costa manteve o discurso de conciliação em entrevistas no Recife. Ele disse que irá conversar com o prefeito João da Costa "o mais rápido possível" e pedir seu apoio político. Sem se considerar fruto de uma intervenção, ele disse ter aceitado uma "convocação do partido e do presidente Lula" com a missão de unir o partido internamente e construir a unidade com os aliados da Frente Popular, que é comandada pelo PSB do governador Eduardo Campos.