O Governo do Distrito Federal (GDF) insinuou que os dados da Operação Panaceia, conduzida por órgãos de investigação de Minas integram uma trama de tucanos contra Agnelo Queiroz (PT). “A informação parte de uma operação policial realizada por governo comandado pelo PSDB, partido que trava guerra política contra o PT, do governador”, afirma a nota do GDF.
O governo argumentou que Agnelo desconhece as conversas e que “não pode se pronunciar por supostos diálogos de terceiros”. Além disso, sustentou que o governador não atendeu a pleito algum do Hipolabor na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Hipolabor assegurou não ter encaminhado pedidos ao ex-diretor adjunto de Agnelo na Anvisa, Rafael Barbosa, e que todas as solicitações seguiram trâmites normais. “Quando necessário, a empresa participa de reuniões com técnicos do órgão no parlatório. Todas essas reuniões são gravadas e ficam à disposição”, afirmou, também em nota, acrescentando que quaisquer atos administrativos de seu interesse são fundamentados e precedidos de pareceres técnicos.
A empresa negou ter contribuído ou prometido doação de campanha a Agnelo. “Para nos posicionar sobre o que está escrito na agenda, precisamos ter acesso a ela. Há mais de um ano, vários itens foram apreendidos na empresa e estão à disposição da Justiça”, justificou.
Questionado sobre supostos interesses intermediados pelo deputado Fábio Ramalho (PV-MG), a empresa informou que o parlamentar tem relacionamento pessoal com dirigentes da empresa. “No entanto, a Hipolabor nunca pagou nada ao deputado.”
O laboratório disse que a Panaceia ainda não chegou a conclusões. “A Hipolabor reitera a convicção de que quaisquer fatos relevantes devam ser apurados em processo devido, garantido o contraditório e amplitude de defesa, e lamenta os vazamentos ilegais”, acrescentou.
A assessoria de Ramalho informou na sexta-feira que ele estava em missão oficial na China e só se pronunciaria no retorno ao Brasil, previsto para esta segunda-feira, 11.