"O prefeito participou e ganhou da primeira prévia (anulada pela executiva nacional por divergências das listas de filiados) e uma segunda prévia foi determinada pela direção nacional", relembrou ele. "Como o outro pré-candidato, Mauricio Rands, desistiu, o prefeito deveria ter sido homologado, como determina o estatuto". Para Perez, neste caso, a direção nacional passou por cima de sua própria decisão.
No âmbito político, o grupo de João da Costa destaca que a executiva nacional impôs o nome de Humberto Costa argumentando que, ao contrário do prefeito, o senador teria condições de unir o partido e as legendas aliadas da Frente Popular. "Não é isso o que vemos", complementou Perez, ao citar o PSB, do governador Eduardo Campos. O governador exonerou, semana passada, quatro secretários estaduais de sua confiança como alternativas para o lançamento de candidato próprio caso o PT não consiga a união interna.
Humberto Costa é da tendência majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) e tem o apoio do ex-presidente Lula. Embora afirme estar tranquilo e confiante quanto à construção da unidade, o PT pernambucano continua rachado. Suas divergências internas foram cruamente expostas principalmente na realização das prévias - posteriormente anuladas -, quando discursos duros e acusações foram trocados. Os apoiadores do prefeito destacam, ainda, que ao ser preterido pela direção nacional, João da Costa tem conseguido conquistar a simpatia do eleitorado em geral.