Depois de encerrado o imbróglio envolvendo a escolha do candidato a vice, o PSB agora terá de resolver uma equação difícil: PT e PSDB querem se coligar com os socialistas na disputa por uma vaga na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Os candidatos a vereador do PSB, no entanto, não querem coligação com nenhuma das duas legendas, principalmente com o PT. Candidato a reeleição, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) disse que o partido está aberto à discussão com outras legendas, mas negou que haja acerto com o PT para a aliança proporcional. “Não estamos fechados nem com ‘A’ nem com ‘B’ “, disse ontem. Nos bastidores, os vereadores do PSB trabalham para que o partido não se alie a nenhuma legenda na coligação proporcional, mas se forem voto vencido topam a aliança com os tucanos. É que com os petistas, o PSB e o PSDB correm o risco de eleger uma bancada mínima, já que o PT tem candidatos com maior potencial que as outras duas legendas.
De acordo com o secretário-geral do PT de Belo Horizonte, Chiquinho Maciel, como não há garantias, o partido decidiu escolher já sua chapa completa de vereadores. “Se houver alguma mudança até o dia 30 (data final para a realização das convenções), a gente encolhe a chapa. Em política não tem como a gente garantir nada. Montamos nosso plano B”, admitiu.
Matemática O secretário-geral do PSB mineiro, Mário Assad, disse que o partido agora vai se debruçar sobre a montagem da chapa, mas disse que não tem como colocar na coligação todos que desejam essa aliança, por causa da restrição da legislação. “Nosso problema é aritmético”, afirma. O vereador do PSDB, Pablo César, o Pablito, que coordena as conversas dentro do partido sobre a aliança proporcional, disse ter certeza de que o PT não vai participar da chapa de vereadores do PSB e afirmou que estão adiantadas as conversas para o fechamento da chapa com os socialistas. “O PT chegou impondo essa coligação, mas tenho certeza que ela não vai sair”, aposta. Segundo ele, o partido já foi contemplado na chapa com a indicação do vice.