A CPI do Cachoeira fez uma primeira vítima nesta terça-feira. Pouco depois das 11h30, o sinal da TV Senado que exibia a audiência pública com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi derrubado sem explicações. A emissora do Senado passou a exibir, então, o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à Comissão Parlamentar de Inquérito. A mudança na programação, decidida de última hora, gerou mal-estar na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde estava o presidente do BC.
Poucos minutos após o início das explicações de Tombini sobre a crise internacional e os reflexos para o Brasil, o presidente da CAE, senador Delcídio Amaral (PT-MS), passou a receber, discretamente, pedidos de parlamentares que solicitavam autorização para que a emissora da Casa parasse de transmitir a sessão da CAE - programa originalmente previsto para o horário - para retransmitir as explicações do governador tucano, supostamente envolvido com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Na sala da CAE, menos de cinco senadores ouviam as explicações de Tombini quando o sinal da TV Senado deixou de exibir a esvaziada audiência pública. "Foi muito curiosa essa imposição. Aparentemente, o importante não é investigar, o importante é aparecer na TV", disse Delcídio Amaral logo após o fim da exposição de Tombini.
O senador petista afirmou ainda que a ordem de tirar a CAE da programação ao vivo da TV Senado teria sido do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e a troca ocorrido com a anuência do secretário de comunicação do Senado, Fernando Cesar Mesquita.
Além de criticar a troca da programação da TV Senado, Delcídio Amaral usou o regimento interno para argumentar que a decisão de fazer a sessão para ouvir Perillo no mesmo horário da CAE estaria em desacordo com as regras da Casa. "Só queria dizer que o horário da CAE está no regimento interno. As comissões deverão se reunir em horário diverso das nossas atividades. Fui presidente de CPI dos Correios e só funcionávamos à tarde e, quando começava uma sessão ordinária, suspendíamos os trabalhos" disse o senador.
Por estar em horário em desacordo com o regimento, o senador afirmou que as atividades da CPI poderiam ser questionadas. "Se eles (parlamentares da CPI) não sabem, qualquer pessoa investigada pode anular o que está sendo investigado ou decidido em termos de provas, depoimentos e correlatos."
Poucos minutos após o início das explicações de Tombini sobre a crise internacional e os reflexos para o Brasil, o presidente da CAE, senador Delcídio Amaral (PT-MS), passou a receber, discretamente, pedidos de parlamentares que solicitavam autorização para que a emissora da Casa parasse de transmitir a sessão da CAE - programa originalmente previsto para o horário - para retransmitir as explicações do governador tucano, supostamente envolvido com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Na sala da CAE, menos de cinco senadores ouviam as explicações de Tombini quando o sinal da TV Senado deixou de exibir a esvaziada audiência pública. "Foi muito curiosa essa imposição. Aparentemente, o importante não é investigar, o importante é aparecer na TV", disse Delcídio Amaral logo após o fim da exposição de Tombini.
O senador petista afirmou ainda que a ordem de tirar a CAE da programação ao vivo da TV Senado teria sido do senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e a troca ocorrido com a anuência do secretário de comunicação do Senado, Fernando Cesar Mesquita.
Além de criticar a troca da programação da TV Senado, Delcídio Amaral usou o regimento interno para argumentar que a decisão de fazer a sessão para ouvir Perillo no mesmo horário da CAE estaria em desacordo com as regras da Casa. "Só queria dizer que o horário da CAE está no regimento interno. As comissões deverão se reunir em horário diverso das nossas atividades. Fui presidente de CPI dos Correios e só funcionávamos à tarde e, quando começava uma sessão ordinária, suspendíamos os trabalhos" disse o senador.
Por estar em horário em desacordo com o regimento, o senador afirmou que as atividades da CPI poderiam ser questionadas. "Se eles (parlamentares da CPI) não sabem, qualquer pessoa investigada pode anular o que está sendo investigado ou decidido em termos de provas, depoimentos e correlatos."