Jornal Estado de Minas

Marconi Perillo reafirma que vendeu casa de forma legal e apresenta provas

Agência Senado Tábita Martins
O governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que a operação de venda de casa em condomínio, na qual o contraventor Carlinhos Cachoeira foi preso, se deu conforme as práticas usuais de negociação de imóveis. Perillo disse que nunca se preocupou em saber a origem dos recursos pagos pelo comprador, o ex-vereador Wladimir Garcez, apontado pela Polícia Federal como operador do esquema de Cachoeira.
"Quando a casa foi colocada à venda em anúncios de jornal, Waldimir entrou em contato e manifestou interesse. Acertamos o valor de R$ 1,4 milhão, que se daria em três parcelas, março, abril e maio . Todos os cheques foram depositados e compensados, na mais absoluta prova de boa fé – disse o governador".

Perillo repassou à CPI cópia dos três cheques nominais usados na operação e os extratos relativos a março, abril e maio, com os depósitos. O governador disse ter sido informado por Garcez que ele repassara o imóvel ao empresário Walter Paulo Santiago. Por este motivo, Perillo enviou um representante para formalizar o negócio. À CPI, Santiago afirmou ter pago pelo imóvel em dinheiro.

"É incrível que eu seja exposto por ter vendido um bem pessoal, absolutamente dentro da lei, enquanto outros fazem licitações fraudulentas. Tudo que transcender a isso é especulação ou ocorreu sem que eu tivesse conhecimento dos fatos. É absurda e delirante a ilação de que eu teria recebido duas vezes ou em valor maior do que o escriturado e declarado à Receita Federal" disse.
 
O deputado Federal, Sílvio Costa (PTB) elogiou as explicações de Perillo "Eu estava torcendo para que você caísse em contradição, mas até agora você está mostrando provas sobre o que está falando(...) Eu estou envergonhado com a falta de preparo nesta CPI e com o nível das perguntas que estão sendo feitas", acrescentou.
 
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE) também elogiou a clareza de Perillo ao responder as perguntas durante a CPI.  "Não há nada de concreto que relacione ele e o governo dele com as versões que estão sendo apresentadas", disse.

O governardor Marconi Perillo disse ainda que é vítima de injustiças, além de explicar sobre os contratos de sua administração com a delta, ele acrescentou "se alguém  tirou vantagem não foi com meu conssentimento".