Os socialistas estimam conseguir entre oito e nove cadeiras na Câmara se caminharem sozinhos nas eleições de outubro. Os candidatos a vereador do PSB estão fazendo pressão para que não haja coligação com nenhuma legenda e já ameaçaram apoiar outro candidato se isso acontecer. “Queremos aumentar a bancada do PSB e fortalecer a governabilidade do prefeito Marcio Lacerda”, ressaltou o vereador Fábio Caldeira (PSB) que deve tentar a reeleição. Na segunda-feira, Lacerda afirmou que a aliança proporcional não está acertada com o PT. “Não estamos fechados nem com ‘A’ nem com ‘B’”, disse. O presidente municipal do PSB, João Marcos, afirmou que o partido vai discutir essa questão em um encontro amanhã.
O deputado estadual Paulo Lamac (PT), que foi favorável à união com os socialistas, disse acreditar em um rompimento da aliança no caso de o PSB negar a coligação na proporcional. Ele lembrou que durante o acordo com o PT para a reedição da dobradinha com Lacerda estava prevista a aliança na disputa para a Câmara. “Um recuo do PSB pode levar a um recuo do PT”, ameaçou, observando que em 28 de abril o presidente estadual do PSB, Walfrido Mares Guia, encaminhou uma carta aos petistas aceitando a aliança na chapa proporcional. Isso significa que na convenção do dia 30 os petistas podem voltar a discutir a candidatura própria, de acordo com o deputado. “Não acredito que o PSB vá fazer isso”, acrescentou.
O vereador do PSDB, Pablo César, Pablito, que coordena as conversas dentro do partido sobre a aliança na proporcional garante, entretanto, que o PT não vai participar da chapa de vereadores. Ele observou que entre as reivindicações dos tucanos, entregues ao prefeito, estava ou a vice prefeitura ou a coligação na proporcional. “Se o prefeito não nos atender estará negando um pedido do PSDB, do senador Aécio Neves. Os petistas já ganharam a vice”, acrescentou.