A alternativa escolhida pelo governo federal para firmar parceria com o governo de Minas e tentar tirar de vez do papel a obra que está completamente parada há dois anos, foi bem recebida pelos mineiros, que ressaltaram a atitude da petista. “Quero destacar o ato de grandeza do governo federal, em primeiro lugar, ao delegar o projeto da execução da obra do Anel para execução pelo estado, que é reivindicada há décadas pela população não só da capital, mas também de toda a região metropolitana e de todo o estado. Poderia dizer até do Brasil, porque aqui passam veículos que cruzam nosso país de norte a sul”, afirmou o governador Antonio Anastasia.
Já o prefeito Marcio Lacerda falou da importância da obra, mas cobrou também uma agilidade maior para a obra do Rodoanel, que segundo ele seria fundamental para melhorar a segurança na via. “Em uma atitude muito republicana, a presidente permitiu que sejam delegadas as incumbências e os recursos para esta obra, o que vai aliviar o Dnit da elevada carga de trabalho que tem. Esse anúncio de liberação é uma antiga reivindicação da nossa população. Infelizmente o Anel foi palco de grandes acidentes nos últimos anos e as soluções precisam ser rápidas e definitivas”, disse Lacerda.
Simulação
Se acidentes no Anel Rodoviário envolvendo poucos veículos podem paralisar por várias horas o trânsito nas principais vias da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a substituição do asfalto da via e a construção de novos viadutos e trincheiras já são vistas com grande preocupação por quem conhece a via e sabe do transtorno que a interdição pode causar. Para amenizar o impacto das obras no trânsito do trecho que atravessa a capital mineira, já estão sendo realizadas simulações para saber como serão feitas as obras. “É uma ação em local por onde passam 120 mil veículos por dia. Ou seja, tem muita gente envolvida e será preciso um plano para saber qual o melhor horário para que sejam feitas as intervenções e como será este cronograma. A obra envolve também a remoção de mais de 3,5 mil famílias que vivem hoje às margens do Anel, por isso vamos ter que tocar esse empreendimento com muito cuidado”, explicou Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor-geral do Dnit.