CPI ouvirá hoje governador do DF Agnelo Queiroz sobre acusações de bicheiro
Governador do DF reúne assessores, parlamentares e advogados em intensivo de preparação para a CPI do Cachoeira. Petista vai ao vice-presidente Michel Temer costurar o apoio do PMDB
A preparação para o depoimento de Agnelo Queiroz (PT) na CPI do Cachoeira mobilizou todo o estafe do governador do Distrito Federal na última semana. Assessores, deputados, advogados e marqueteiros se envolveram na construção do discurso e da postura do petista na arena da investigação sobre favorecimento do grupo liderado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e dos negócios da Delta Construções no Distrito Federal. Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, tema que ele está seguro para responder, não são o único desafio do político. Ele também será cobrado por integrantes da comissão a explicar assuntos do passado, como a atuação no Ministério do Esporte e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sua evolução patrimonial. Pego desprevenido na convocação, Agnelo procurou se cercar em todos os campos para evitar nova surpresa. Montou um comitê jurídico liderado pelo escritório do advogado Luís Carlos Alcoforado, que o acompanha há anos, e reforçado pelo criminalista José Gerardo Grossi, uma estrela nos tribunais e em CPIs. Desse grupo, também participam o presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), Antônio Carlos Lins, e até pessoas próximas do ex-chefe de gabinete de Agnelo Cláudio Monteiro, cuja atuação será um dos temas certos a serem abordados hoje. O ex-assessor é citado nas gravações da Polícia Federal como elo possível entre o grupo de Cachoeira e o Governo do Distrito Federal. Mereceu um tópico nos slides em Power Point que o gabinete de crise preparou com a linha de defesa.