Integrantes da CPI se dividem sobre novos passos das investigações
Reunião vai definir quem será convocado para prestar depoimento na semana que vem
Concluída a semana dos governadores, a CPI do Cachoeira voltará a se reunir nesta quinta-feira para definir os próximos passos das investigações. Os sistemáticos embates entre parlamentares da base aliada e da oposição, que marcaram os depoimentos do governadores Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, e Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, ganharão novos capítulos com as discussões a respeito de quem deverá ser convocado a comparecer ao colegiado na semana que vem. Os dois principais pontos de discórdia atendem pelos nomes de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e de Fernando Cavendish, sócio da construtora Delta. Ambos representam ameaça concreta ao Palácio do Planalto. O primeiro já deu entrevistas dizendo que tem muito a contribuir com informações sobre irregularidades no Dnit, enquanto a Delta mantém diversos contratos com o governo federal. Nessa quarta-fei9ra, durante a oitiva do governador do Distrito Federal, alguns integrantes da CPI já defenderam a imediata convocação de Pagot e Cavendish. “O senhor Pagot já afirmou que quer falar a esta CPI. Não temos que diar a presença dele aqui. Temos que votar o requerimento (de convocação) o mais rápido possível”, defendeu o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP). Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) reiterou a necessidade de se ouvir o proprietário da Delta, apesar de afirmar que não enxerga nas oitivas o melhor instrumento de apuração: “O caminho mais eficiente agora é cruzar as informações dos inquéritos da Polícia Federal e do Ministério Público com as declarações dadas pelos depoentes na CPI”, argumentou.