Brasília – A defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) vai aproveitar os três dias concedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao senador para tentar convencer os integrantes do Conselho de Ética a não aprovarem o pedido de cassação do mandato do senador.
O advogado do senador Antônio Carlos de Almeida Castro disse que vai enviar a cada membro do conselho um memorial com a versão de Demóstenes sobre a relação do senador com o empresário goiano, Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
Além dos memoriais, a defesa terá 30 minutos para se manifestar antes da votação marcada para a próxima segunda-feira.
"Trata-se de uma ação protelatória cujo objetivo é impedir que o Conselho de Ética e o próprio Senado se manifeste", destacou Costa após a reunião."Se não surgirem outras medidas protelatórias, ainda acredito que conseguiremos cumprir nosso papel", disse o relator. A intenção do relator é a de julgar Demóstenes no Plenário do Senado antes do começo do recesso parlamentar marcado para 17 de julho.
Demóstenes é processado com base em denúncia feita pelo PSOL, que o acusa de usar o mandato em favor da suposta organização criminosa cujo comando é atribuído ao empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
No voto, o relator terá que julgar se Demóstenes ocorreu em quebra de decoro parlamentar. Caso isso se confirme, ele poderá indicar uma pena que vai de uma censura até a cassação do mandato, que terá que ser decidida em votação secreta no plenário do Senado.