Depois de declarar que não aceitará compor uma aliança para a Prefeitura de São Paulo na chapa do pré-candidato petista Fernando Haddad com o apoio do deputado federal Paulo Maluf (PP) em entrevista aos sites da Veja.com e do jornal O Globo, na tarde desta segunda-feira, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) não foi encontrada sequer pelos presidentes estadual do PSB, Márcio França, e municipal, Eliseu Gabriel, para se explicar. "Ninguém conseguiu falar com ela", declarou França à Agência Estado por volta das 19h.
No dia em que o PT selou aliança com o PP de Maluf, a deputada federal anunciou em entrevista à Veja e a O Globo o desejo de rever sua posição de disputar a Prefeitura de São Paulo como vice na chapa de Fernando Haddad. Erundina teria ficado desgostosa com a foto divulgada após o anúncio dessa aliança, tirada na casa de Maluf, e que exibe o ex-prefeito ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Haddad.
A decisão de Erundina pegou petistas e pessebistas de surpresa. "Sinceramente, estou sabendo por você", disse num primeiro momento o presidente estadual do PSB, deputado federal Márcio França. Já o vereador Eliseu Gabriel, presidente municipal da sigla, preferiu não se pronunciar.
Segundo França, o partido ainda não está pensando em quem será o indicado para substituí-la, caso a informação seja confirmada. "Não tem nem plano A, quanto menos plano B", afirmou. Para França, a questão ética pode ter motivado Erundina a recusar subir no mesmo palanque de Maluf. "Ela é inflexível eticamente, pode ser isso", cogitou.
A campanha do petista Fernando Haddad informou que o pré-candidato do PT não vai se pronunciar enquanto não conseguir fazer contato com a deputada. De acordo com os assessores de Haddad, o petista avaliou que as declarações de Erundina não são esclarecedoras e não parecem ser definitivas.