"Não podemos ter juízes covardes, juízes ameaçados. Não podemos aceitar que ameaças veladas impeçam a magistratura de exercer suas funções", afirmou a ministra. "No dia que aceitarmos tal precedente, não teremos magistrados independentes", acrescentou.
À corregedora, o juiz federal Moreira Lima afirmou que, além das ameaças veladas, seu trabalho era contestado pelos colegas de tribunal, especialmente a legalidade das provas obtidas no curso das investigações.
De acordo com Eliana Calmon, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado pelo TRF. "Se minhas provas estão sendo desqualificadas, se estou me sacrificando à toa, eu estou saindo do processo", afirmou o juiz conforme Eliana Calmon.
O juiz federal que herdaria o caso, Leão Aparecido Alves, tem ligações pessoais com um dos investigados. Por isso, em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que se declarou impedido e que não assumirá os rumos da investigação.