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Estado de Minas

Justiça do DF nega pedido de liberdade a Cachoeira


postado em 21/06/2012 17:19 / atualizado em 21/06/2012 19:22

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) negou, por unanimidade – três votos favoráveis -, na tarde desta quinta-feira o habeas corpus, pedido pela defesa de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cacheira. A solicitação dos advogados do bicheiro é referente a Operação Saint- Michel, comandada pela Polícia Civil do DF. A ação da polícia foi montada para apurar fraudes no sistema de transporte do público.

Na semana passada, o desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª região havia concedido liberdade a Cachoeira em um pedido relacionado à Operação Monte Carlo, que investiga indícios de corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e exploração de jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal. Mas ele continuou preso por conta do decreto de prisão relativo à Operação Saint-Michel.

Na decisão de hoje, os desembargadores alegaram que Carlinhos Cachoeira tem influência política e alto poder econômico e que, caso seja solto, há o risco do desaparecimento ou destruição de provas. O relator do caso, desembargador José Carlos de Souza e Ávila, afirmou que a manutenção da prisão preventiva é necessária pela garantia da ordem pública. “É fato notório que o réu é mentor intelectual da organização criminosa e, solto, pode prejudicar o andamento da ação, até mesmo com a coação de agentes públicos”, disse Ávila.

O desembargador Roberval Belinati destacou as ameaças sofridas pelo juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima e pela procuradora da República de Goiás, Léa Batista. “A organização criminosa já demonstrou seu alto poder de articulação, ousadia e periculosidade, realmente oferecendo risco à ordem pública e assim justificando a manutenção da prisão preventiva. Além do mais, juiz federal ameaçado de morte e procuradora ameaçada revela ainda mais a gravidade da organização”, afirmou Belinati.

A Operação Saint-Michel foi iniciada no Distrito Federal, com material apurado na Operação Monte Carlo, quando o grupo de Cachoeira foi investigado por suspeita de fraude na licitação que selecionou o operador do sistema de bilhetagem eletrônica do sistema de transporte coletivo do DF. A operação, do MPDFT e da Polícia Civil do Distrito Federal, foi deflagrada em abril e resultou na prisão do diretor da Delta Construções no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, entre outros envolvidos no caso.

Com agências


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