"Não houve interceptação telefônica e esse registro resultou da quebra do sigilo telefônico de minha esposa, e não da quebra do sigilo telefônico do suspeito. O telefone fixo de minha residência e os celulares usados por minha família são registrados em nome de minha esposa, Maria do Carmo Oliveira Alves", complementou o magistrado.
Alves se declarou impedido de atuar na ação penal resultante da Operação Monte Carlo, que corre na 11ª Vara, pelo fato de sua família ter relações de amizade com um dos réus, José Olímpio de Queiroga Neto.
Na nota, o magistrado diz que não existem conversas interceptadas mantidas por sua mulher ou por ele próprio com investigados pela operação. "Minha esposa fez várias ligações para a irmã de José Olímpio. A irmã de José Olímpio e o então esposo dela batizaram meu filho em 1999. A irmã de José Olímpio não figura como acusada na ação penal relativa à Operação Monte Carlo", diz a nota.
Durante a operação, a Polícia Federal apurou vazamentos – uma das suspeitas, segundo investigadores, foi a mulher do juiz Alves. Ele afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que sua mulher negou ter prometido informações a José Olímpio, fato que teria sido confirmado pelo próprio réu em declaração entregue à PF.