O juiz titular da 11ª Vara Federal de Goiânia, Leão Aparecido Alves, afirmou, por meio de nota, que um de seus filhos e um dos filhos de Carlinhos Cachoeira estudam juntos há cinco anos, na mesma sala de aula, mas reafirmou que nem ele nem sua mulher têm relação com vazamentos da Operação Monte Carlo.
"Assim como o aparelho usado por meu filho está em nome da mãe dele, o aparelho utilizado pelo filho do sr. Carlos Cachoeira está registrado em nome dos familiares ou empregados respectivos", afirmou o magistrado. "Em não raras ocasiões, meu filho utilizou o telefone celular do filho do sr. Carlos Cachoeira para entrar em contato com a mãe dele." De acordo com o juiz, as conversas mantidas entre seu filho e o de Cachoeira foram, "de forma apressada e irresponsável, apresentadas como prova de que eu ou minha mulher teríamos mantido contato com integrantes da suposta quadrilha".
Alves se declarou impedido de atuar na ação penal resultante da Operação Monte Carlo, que corre na 11ª Vara, pelo fato de sua família ter relações de amizade com um dos réus, José Olímpio de Queiroga Neto.
Na nota, o magistrado diz que não existem conversas interceptadas mantidas por sua mulher ou por ele próprio com investigados pela operação. "Minha esposa fez várias ligações para a irmã de José Olímpio. A irmã de José Olímpio e o então esposo dela batizaram meu filho em 1999. A irmã de José Olímpio não figura como acusada na ação penal relativa à Operação Monte Carlo", diz a nota.
Durante a operação, a Polícia Federal apurou vazamentos – uma das suspeitas, segundo investigadores, foi a mulher do juiz Alves. Ele afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que sua mulher negou ter prometido informações a José Olímpio, fato que teria sido confirmado pelo próprio réu em declaração entregue à PF.