O PT espera para a próxima segunda-feira o anúncio do PC do B, de que integrará a chapa de Fernando Haddad (PT). A aliança, no entanto não deverá ser acompanhada do anúncio do vice. Ontem, o pré-candidato reagiu às declarações do advogado Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB), de que foi convidado para ser vice na chapa petista e que o convite foi reforçado pelo deputado Paulo Maluf (PP), novo aliado do PT.
"Quem decide vice é o candidato. Quando eu convidar alguém, eu anuncio", declarou Haddad. "Vice é uma coisa muito pessoal." A afirmação de Haddad, combinada com o núcleo da campanha, além de uma resposta a D'Urso, que disse ter recebido o convite do presidente do PT paulista, Edinho Silva, era também um sinal aos municipais do PSB e do PC do B em função das pressões que vem recebendo para a indicação do vice.
O PC do B retarda a entrada na chapa de olho na vaga. O presidente nacional do partido, Renato Rabelo, no entanto, já avisou o PMDB que não tem como não ceder aos apelos do ex-presidente Lula para ingressar na campanha de Haddad. A equipe de Gabriel Chalita (PMDB) já dá a aliança como perdida.
Na segunda-feira, os comunistas se reúnem e devem anunciar o apoio. "Salvo algo extraordinário, na segunda teremos uma definição", disse o ex-ministro do Esporte Orlando Silva.
Ontem, o presidente do PSB-SP, Eliseu Gabriel, reuniu-se com o coordenador da campanha de Haddad, Antonio Donato, e informou que tem um novo nome do partido a sugerir como vice, mas disse que não descarta a possibilidade de apoiar um nome do PT. Haddad porém, rechaçou a hipótese. "Não é da nossa tradição." A campanha continua inclinada a oferecer a vaga ao PC do B. Petistas avaliavam que o nome da deputada Leci Brandão ficou inviável depois que se tornou pública a manifestação de apreço dela pela pré-candidatura de Carlos Giannazi (PSOL).
Concretizado, o acordo com o PC do B adicionará mais 35 segundos ao tempo de TV do PT e ajudará a diminuir o ruído causado pela aliança petista com Maluf.