“A intenção é não escolher. Temos dificuldades em fazer isso”, admite o presidente do Diretório Municipal do PSB, João Marcos Lobo, conselheiro técnico da Secretaria Municipal de Governo. Pressionado pelos candidatos do partido a vereador, que temem ver reduzidas suas chances de manter a bancada atual de três vereadores se houver coligação com petistas ou tucanos, o PSB quer mesmo é sair sozinho.
O presidente municipal do PT e vice-prefeito de BH, Roberto Carvalho, faz as contas e diz que, coligado com o PSB, o partido vislumbra eleger de seis a oito vereadores. Sozinho, entre três e cinco parlamentares. Carvalho afirma que, caso sejam preteridos, os petistas vão criar caso. A começar pelo nome do partido escolhido em encontro municipal como candidato a vice de Lacerda, o deputado federal Miguel Corrêa Jr. A indicação ainda depende de homologação em convenção marcada para dia 30.
Diante da ameaça, João Marcos avisa: “A aliança nacional do PT com o PSB não envolve só a coligação para vereador em Belo Horizonte”.
Os tucanos fazem questão de barrar a possibilidade de os petistas aumentarem o número de vereadores na capital, já pensando nos futuros desdobramentos para a disputa eleitoral de 2014. A direção da legenda também fez suas contas. O presidente municipal, deputado estadual João Leite, informa que os tucanos deverão eleger seis candidatos, em vez de dois, se disputarem sozinhos. Para ele, é uma questão para os socialistas decidirem sem pressão. "Está faltando resolver apenas a problemática dos arestosos (sic)", alfineta ele, se referindo ao grupo do PT que apoia Roberto Carvalho. O vice-prefeito defendia candidatura própria do partido e foi derrotado no encontro municipal.