No testemunho, Dilma revelou que chegou a ser agredida com socos no maxilar. “Minha arcada girou para outro lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu”.
Segundo as reportagens publicadas pelos jornais, do grupo Diários Associados, Dilma tinha 22 anos quando foi presa. Ela militava no Comando de Libertação Nacional (Colina), grupo considerado terrorista pelos militares, e usava codinomes como Estela, Stela, Vanda, Luíza, Mariza e Ana.
De acordo com o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que também integra a comissão, seria uma “indelicadeza” convocar Dilma para depor. A advogada e membro do grupo Rosa Maria Cardoso da Cunha disse que a presidenta tem procurado se manter distante da comissão. “Ela tem entendido que é uma comissão de Estado e que devemos dar encaminhamento a casos que acharmos pertinente”.
Além de tratar do depoimento de Dilma, a Comissão Nacional da Verdade ouviu hoje (25) o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra. Os membros estão discutindo ainda a estruturação do grupo. Segundo Rosa Maria, haverá duas subcomissões – uma sobre pesquisa e documentação e outra sobre relações com o público (para audiências públicas e oitivas).