"Já vi, inclusive, que a presidente Dilma (Rousseff), atendendo a um pedido feito por nós, lá no final do ano passado, concedeu um crédito para folha de pagamento de R$ 150 milhões para esse reajuste. Devemos conceder esse reajuste a partir de 1º de julho", disse o presidente da Câmara. Atualmente, os salários dos assessores de gabinete podem chegar a R$ 8.040,00, considerando as gratificações. Sem elas, a maior remuneração é de R$ 4.020,00.
A Câmara tem em torno de 10.200 secretários parlamentares, como são conhecidos os assessores de gabinete. Muitos deles prestam serviço para o deputado nos Estados, sem a presença na Câmara. O reajuste vai engordar os recursos dos parlamentares para o pagamento de seus assessores a três meses das eleições municipais, quando muitos dos assessores são requisitados nas bases eleitorais do parlamentar.
Além da verba para contratar assessores para os seus gabinetes, o parlamentar tem direito a uma cota mensal para gastar com despesas de seus escritórios políticos nos Estados, passagens aéreas, alimentação e demais gastos considerados para o exercício do mandato. Os deputados e os senadores têm o salário mensal de R$ 26,7 mil. Os parlamentares que não moram em apartamento funcional recebem auxílio-moradia no valor de R$ 3 mil.