"Desde o início da CPMI, o deputado Odair Cunha tenta, desesperadamente, atingir o governador Marconi Perillo. Ele tenta transformar a comissão em instrumento de vingança. Deixa de lado as relações promíscuas da Delta com órgãos comandados por seu partido", diz a nota divulgada pela assessoria
A avaliação de Odair Cunha foi feita após o depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem, prestado hoje à comissão. O arquiteto informou que foi contratado por Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, para decorar a casa em que ela moraria provisoriamente. Pelo serviço, Milhomem disse ter recebido R$ 50 mil, pagos em cinco parcelas de R$ 10 mil. O arquiteto também calculou que as compras de móveis e objetos de decoração para a casa somaram cerca de R$ 500 mil e foram pagos por Andressa.
As gravações interceptadas pela PF indicam que os serviços prestados pelo arquiteto foram contratados em maio de 2010, antes que ocorresse a negociação do imóvel da forma como o governador relatou à comissão. Em fevereiro, a PF prendeu Cachoeira nessa casa.
Perillo, em seu depoimento, negou ter vendido a casa para Cachoeira. Ele disse que vendeu o imóvel ao empresário Walter Paulo Santiago, dono da faculdade Padrão. Na nota, divulgada pela assessoria, o governador não dá explicações sobre os argumentos levantados pelo relator e nem sobre as informações prestadas pelo arquiteto. Perillo questiona a "isenção" do relator para conduzir as investigações.
"O deputado veio várias vezes a Goiás tentando achar qualquer ação ou ato que incrimine o governo de Marconi. Se o deputado fosse isento, poderia ter aproveitado suas viagens para verificar a relação da Delta com a regional do Dnit e as prefeituras de Goiânia, Anápolis, Catalão e Aparecida de Goiânia", diz a nota.
"Querer condenar um governador, em terceiro mandato, pela venda de um bem pessoal, vendido a preço de mercado, escriturado pelo valor da venda e declarado à Receita Federal é um ato insano e de má-fé.