A decisão incomodou o PT e 17 partidos, que querem que o TSE reconsidere a decisão por ter extrapolado o que a lei exige. Desde então, a composição do TSE mudou, com a entrada dos ministros Antonio Dias Toffoli no lugar de Ricardo Lewandowski e do ministro Henrique Neves substituindo Marcelo Ribeiro.
Primeira a votar, a relatora Nancy Andrighi disse que a intenção da lei é moralizar a atuação política, mesmo que isso não esteja escrito expressamente. Para evitar questionamentos na Justiça sobre os prazos de inelegibilidade, a ministra sugeriu que o TSE definisse regras para dizer até quando o político deveria ficar inelegível.
A relatora foi apoiada pelos ministros Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello. Com a possibilidade de inversão no placar, Marco Aurélio disse que o TSE “deu à sociedade uma esperança vã de se avançar no campo cultural”.
O primeiro a votar para a retomada das regras como valiam antes foi o ministro Gilson Dipp. Ele entendeu que todas as regras de padronização propostas por Andrighi indicam que a decisão do TSE foi equivocada “Eu estou impresssionado com as consequências. Essa modificação vai, sim, complicar muito mais o que já está complicado”. Votaram no mesmo sentido os ministros Henrique Neves e Arnaldo Versiani.