"As mensagens diziam que ia me apagar, me sequestrar, me metralhar", afirmou Íris, que pediu à Câmara dos Deputados que tomasse providências. A Casa, segundo Íris, informou-lhe que não poderia fazer nada.
O vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), informou à deputada e aos parlamentares que desejarem ter proteção federal que é necessário apenas fazer o requerimento sobre essa demanda e que imediatamente serão encaminhados os pedidos às presidências da Câmara e do Senado. A deputada disse que não se sente à vontade de andar com escolta policial, mas estuda usar recursos da sua verba indenizatória para contratar um serviço de segurança privada.
Os parlamentares vão pedir ainda que a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) discutam formas para garantir a proteção de quem esteja envolvido nas investigações contra a organização de Cachoeira. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal, deixou o caso após relatar ameaças de morte, e a procuradora da República Léa Batista de Oliveira já disse ter recebido mensagens eletrônicas com ameaças.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou que essa situação só ocorreu depois de a Justiça ter concedido habeas corpus para livrar pessoas do grupo de Cachoeira. "Temos de chamar a atenção para este fato: no Brasil, quem está ameaçando a Justiça é a própria Justiça", disse.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou diretamente o desembargador federal Tourinho Neto, que deu decisões favoráveis ao grupo. "Temos de dar nome aos bois ou aos touros: foi a partir da decisão do doutor Tourinho", afirmou.