Jornal Estado de Minas

Greve ameaça registro de candidatos às eleições em São Paulo

AgĂȘncia Estado
Uma greve dos servidores do Judiciário pode atrapalhar as inscrições dos candidatos às eleições deste ano. Os funcionários avisaram que, em São Paulo, a paralisação começa nesta quinta e segue por tempo indeterminado. A principal ameaça dos trabalhadores é de um apagão na Justiça Eleitoral entre os dias 1º e 5 de julho, prazo em que devem ser feitas as inscrições dos candidatos às eleições no Tribunal Regional Eleitoral. O anúncio foi feito nesta quarta pelo Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud).
Somente uma adesão maciça à greve, contudo, pode atrapalhar de fato o trâmite eleitoral, de acordo com a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Se a paralisação seguir os padrões de greves anteriores, boa parte dos funcionários - por exemplo os comissionados e os juízes - pode continuar trabalhando normalmente.

A paralisação dos servidores do Judiciário Federal tem caráter nacional e, apesar de abarcar as três esferas do Judiciário - Eleitoral, Federal e Trabalhista -, terá o foco das manifestações voltado à Justiça Eleitoral. A maioria dos Estados pretende realizar paralisações entre 4 e 5 de julho, os últimos dois dias do prazo para registro dos candidatos na Justiça Eleitoral.

Nesta semana, serão feitas paralisações de 48 horas na Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. No Mato Grosso, os servidores já estão em greve também por tempo indeterminado.

Os servidores reivindicam avanço nas negociações de reajuste salarial. De acordo com o Sintrajud, a categoria não tem reajuste desde 2006. Os trabalhadores pedem a aprovação imediata do projeto que altera dispositivos do Plano de Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da União, entre outras disposições. Atualmente, a proposta (PL 6613/09) está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Sintrajud, os sindicatos alertaram o presidente do STF, Ayres Britto e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, sobre a situação da categoria.