Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro, com a deflagração da Operação Monte Carlo. Ele é apontado como líder de esquema de corrupção, tráfico de influência e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste. Há ainda um segundo mandado de prisão contra Cachoeira resultante da Operação Saint-Michel, que apurou fraude na área de transporte público do Distrito Federal.
No último dia 15 de junho, o desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), entendeu que não havia mais motivo para Cachoeira continuar preso devido à Operação Monte Carlo. Segundo Tourinho, “a poeira assentou” porque o esquema de exploração de jogos foi cortado. Cachoeira não foi solto porque persistia o mandado de prisão da Operação Saint-Michel.
A decisão de Tourinho foi cassada na última quinta-feira pelo ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo a uma reclamação do Ministério Público. No habeas corpus encaminhado ao STF, a defesa de Cachoeira classifica a intervenção de Dipp como “absurda”, porque atropelou o andamento normal do processo.
Os advogados de Cachoeira já tinham acionado o STF em maio contra decisão da Quinta Turma do STJ que negou habeas corpus a Cachoeira por entender que ele oferecia risco à sociedade. Esse processo foi sorteado para Barbosa, por isso o ministro recebeu o novo recurso nesta quarta-feira. Os advogados acabaram desistindo do primeiro recurso quando Tourinho deu decisão favorável a Cachoeira no dia 15 de junho.