O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad enfrentou protestos da juventude do PSOL em evento realizado na manhã desta quinta em São Paulo. Com máscaras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado federal Paulo Maluf (PP), os manifestantes gesticulavam e gritavam "PT com Maluf, Maluf com PT" sempre que o pré-candidato petista ia responder às perguntas de jornalistas. O candidato petista participou nesta quinta de debate promovido pela Rede Nossa São Paulo, com avaliação do Plano de Metas da atual gestão municipal, de Gilberto Kassab (PSD). Segundo a instituição, Kassab cumpriu apenas 36% das suas propostas.
Sem dar muita atenção à manifestação, Haddad dirigiu suas críticas ao atual prefeito da cidade e ao adversário tucano neste pleito, José Serra. Questionado sobre qual nota daria a Kassab, Haddad foi assertivo: "3,6. Se ele cumpriu 36% das metas que ele diz ter cumprido, é o máximo que ele merece."
Devido à onda recente de violência urbana em São Paulo, Haddad dirigiu críticas ao setor e a "omissão" da Prefeitura. "É recorrente essa onda de violência. A Prefeitura não pode se omitir. Nos últimos oito anos ela se omitiu", comentou, em referência à administração de Kassab e do seu antecessor, o atual adversário José Serra (PSDB).
'Não bate em mim' - A pré-candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, contou após o evento que debateu o plano de metas de São Paulo, que Haddad teria lhe feito um pedido logo após tecer críticas sobre o não cumprimento da totalidade das metas por parte da Prefeitura. "Não bate muito em mim", teria pedido Haddad a Soninha, após a candidata publicar em seu Twitter comparação entre o descumprimento das metas por parte da Prefeitura e o descumprimento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo governo federal. "É mais forte do que eu, Haddad", foi a resposta que Soninha afirmou ter dado ao petista.
Soninha também teceu críticas ao PT, partido ao qual foi filiada até 2007. "Agora (para o PT), tudo é obra do PAC. Foi o PAC que fez", criticou traçando paralelo com o chavão eleitoral de Paulo Maluf, que em jingle da campanha passava por obras suas e repetia "Foi Maluf quem fez".