O prefeito trabalha para emplacar Alexandre Schneider (PSD), ex-secretário municipal de Educação, mas enfrenta resistência dos tucanos ao nome. Na eleição de 2008, Schneider, então no PSDB, apoiou a candidatura do DEM de Kassab contra Alckmin - que foi derrotado. Em 2011, o ex-secretário deixou o partido para se filiar ao PSD.
O prefeito também trabalha, nos bastidores, com o nome do engenheiro civil Miguel Bucalem (PSD), ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, que teria menos opositores que Schneider no grupo do governador.
Alckmin vê Kassab como adversário para sua reeleição, em 2014, e tenta limitar o poder do prefeito. Os aliados do governador argumentam que o PSDB já cedeu espaço ao PSD em sua chapa de vereadores.
Os tucanos ainda pleiteiam a chapa puro-sangue e trabalham com os nomes dos ex-secretários Andrea Matarazzo (Cultura), que conta com a resistência de Kassab, e Edson Aparecido (Desenvolvimento Metropolitano), com maior entrada entre os kassabistas. Uma solução possível seria a indicação de um nome do PSDB que fosse escolhido pelo próprio prefeito.
O DEM, principal prejudicado pela redistribuição de tempo de TV, reconhece que Kassab ganha peso na disputa. "O PSD passa a ser a maior força, mas ainda vamos brigar pela vaga", disse o vereador Milton Leite (DEM).
Nova frente
Diante do impasse, Serra autorizou ontem que fosse feito mais um apelo para o PTB, do deputado estadual Campos Machado, que esteve reunido com Alckmin anteontem para falar da coligação. Apesar de Campos ter lançado a pré-candidatura do ex-presidente da OAB-SP Luiz Flávio D'Urso, o deputado aceitou negociar.
Em reunião com o senador Aloysio Nunes Ferreira e o deputado Vaz de Lima, Campos afirmou que aceitaria a aliança se pudesse indicar o vice e se houvesse coligação na eleição para vereador. Ele quer a mulher, Marlene, na composição da chapa com Serra.