A cizânia entre os três oponentes e Lacerda ficou mais acirrada depois do encontro entre o prefeito e o senador Aécio Neves (PSDB), ocorrido nessa terça-feira. Na ocasião, Lacerda pediu a interferência do senador para desestimular os três concorrentes a continuarem na disputa eleitoral. Nos bastidores da política, corre a versão que o senador tucano estaria patrocinando as candidaturas dos três deputados. “Vamos reafirmar que continuamos na disputa. Ter a simpatia do senador Aécio Neves, é uma coisa. Depender dele, é outra bem diferente”, afirma Malheiros.
Plebiscito
A motivação para o pleito do prefeito ao senador seria o embate com os petistas, que não abrem mão de se coligarem também com o PSB para disputar as 41 vagas a vereador na Câmara Municipal. Os socialistas refutam a aliança, sob o argumento que teriam prejuízo, já que o acordo diminuiria as chances de o partido eleger mais candidatos.
Em contrapartida, o PT, que já fez as contas, veem no acordo a possibilidade de eleger o dobro de candidatos para o Legislativo. Em função da resistência do PSB, o PT ameaça romper com Lacerda, levando junto o candidato a vice-prefeito, o deputado federal Miguel Corrêa Júnior, na chapa à reeleição do prefeito.
“Isso é um problema do Lacerda, que está querendo, em função desse não acordo com o PT, desestimular a nossa candidatura e fazer dessa eleição um plebiscito”, acusa Malheiros. Para Quintão, não faz sentido essa estratégia de Lacerda. “Vamos enfrentá-lo como candidatos de oposição que somos à sua administração”, disse o peemedebista.