Caso sejam confirmadas as adesões, o grupo de partidos que apoiam a candidatura de Pelegrino deve somar 15 legendas. Uma delas, o PR, porém, vai rachada para a disputa. Enquanto o líder do partido no Estado, o ex-governador e ex-senador César Borges, anunciou oficialmente o apoio da legenda a Pelegrino, na quinta-feira, outras lideranças, como o deputado Maurício Trindade, decidiram apoiar publicamente a candidatura de ACM Neto (DEM).
O parlamentar participou, na manhã desta sexta, da convenção do PTN, que anunciou apoio a Neto, e disparou fortes críticas a Borges. "Ele trocou o apoio do partido por um emprego de bancário", disse, referindo-se à recente nomeação do ex-governador como vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. "Foi uma decisão ditatorial." Neto conta ainda com os apoios de PSDB e PV.
Apesar da provável polarização na disputa soteropolitana entre o PT, do governador Jaques Wagner, e o DEM, da oposição, o PMDB, que na Bahia é oposição ao governo, tenta ganhar espaço como "terceira via" da eleição, com a chapa liderada pelo radialista e ex-prefeito Mário Kertész e sem coligações.
"De um lado, tem um candidato dizendo ser 'da turma' (dos governos federal e estadual), de outro, um candidato dizendo que não precisa ser de turma nenhuma", disse o líder peemedebista no Estado, o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (atual vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal), durante a convenção do partido, também realizada na manhã de hoje. "Claro que é preciso ter boas relações com o governo federal, mas não é preciso ser subserviente."