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Estado de Minas

Justiça decreta prisão preventiva de acusados de participar em fraude no Norte de Minas

Seis pessoas, inclusive o casal apontado como líder do esquema que desvia recursos de 37 prefeituras em Minas, tiveram as prisões temporárias convertidas em preventivas


postado em 29/06/2012 19:47 / atualizado em 29/06/2012 20:00

Seis suspeitos de participar em um esquema de desvio de recursos em 37 prefeituras do Norte de Minas tiveram as prisões temporárias convertidas em prisões preventivas nesta sexta-feira. Dessa forma, elas passam a ficar reclusos por tempo indeterminado. Ao todo, a operação da Polícia Federal, batizada de “Máscaras da Sanidade”, prendeu 16 pessoas na quinta-feira da semana passada. De acordo com as investigações, as fraudes alcançam cerca de R$ 100 milhões desviados dos cofres públicos. Dentre os que tiveram a prisão prorrogada está o casal Evandro Leite Garcia e Maria das Graças Gonçalves Garcia, apontados como líderes da organização criminosa.

No início da semana, a juíza Marcela Oliveira Decat de Moura, da comarca de Salinas, já havia prorrogado o tempo da prisão temporárias de nove pessoas, inclusive o casal. Além de Evando e Maria das Graças, a decisão manteve recluso Luiz Eduardo Fonseca Mota, que ocupa a posição de lobista do grupo; Elisângela Pereira da Fonseca, irmã de Maria das Graças e sócia de uma das empresas participantes do esquema; Manoel Teixeira da Cruz, vereador no município de Santa Cruz de Salinas e irmão do prefeito e Edaise Luciana Rodrigues Chaves, chefe do setor de licitações do município de Santa Cruz de Salinas.

A quadrilha, de acordo com o MPMG, atuava desde 1994 na região e era comandada pelo casal Evandro Leite Garcia e Maria das Graças Gonçalves Garcia, donos das construtoras Norte Vale, Radier Construções e Construtora EPG, todas com sede em Montes Claros. Juntas, as três empresas firmaram cerca de uma centena de contratos com as prefeituras para realização de obras diversas, como construção de postos de saúde, casas populares, redes de esgotamento sanitário, escolas municipais e limpeza urbana.

Segundo as investigações, eram três os tipos de fraudes. Em muitos contratos as obras eram feitas com funcionários e material comprado pela própria prefeitura e o dinheiro que deveria custear os projetos era rateado entre a "organização criminosa e funcionários públicos corruptos". Em outros casos havia superfaturamento e a execução era repassada para pequenas empresas ou empreiteiros locais. Outro expediente era executar a obra de modo diverso do previsto no projeto original, com material de qualidade inferior, em conluio com a administração municipal, mas receber o valor previsto em contrato.


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