A aliança do PT com o PSB na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte só será retomada se os petistas recuarem ou sofrerem intervenção da cúpula petista. Integrantes da direção nacional do PSB negaram ontem qualquer possibilidade de intervir no diretório municipal para forçar uma coligação entre as duas legendas na disputa pelas 41 cadeiras da Câmara Municipal. Na tentativa de apaziguar os ânimos, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, desembarcou ontem na capital para acompanhar o processo e conversou com os colegas de partido.
O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, demonstrou extrema preocupação com a crise em Belo Horizonte, que se soma aos problemas de Recife e Fortaleza. Tão logo soube da decisão do PT mineiro, ele ligou para o presidente da sigla, Rui Falcão, pedindo que segurasse os “xiitas do partido”. Ontem, ele garantiu que, para a direção nacional do PSB, o assunto é prioridade: “É essencial a manutenção da aliança com o PT em Belo Horizonte”, completou.
Outro membro da direção, que preferiu não se identificar, também negou a hipótese de interferência. “No PSB a palavra intervenção é proibida. O que existe é diálogo, convencimento”, afirmou. Segundo a fonte, a cúpula da legenda foi pega de surpresa com a decisão dos colegas de não atender à reivindicação dos petistas, mas o presidente nacional e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria garantido que não vai interferir na sucessão da capital. “Nosso esforço sempre foi de estar junto com o PT e o PSDB”, completou, mas na base do diálogo.
O secretário de Organização do PT nacional, Paulo Frateschi, também negou que a direção de seu partido possa interferir na capital mineira. “É um assunto que será tratado no âmbito local”, assegurou. Ele ainda criticou a posição do PSB. “Eles estavam com um documento assinado, dizendo que fariam a coligação (na chapa de vereadores), e, na última hora, desistiram”, protestou.
Reunião
Carlos Siqueira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o presidente municipal da legenda, João Marcos Lobo, se reuniram durante quase três horas na noite de ontem na casa de Lacerda. Os mineiros explicaram a situação da capital e se comprometeram a encaminhar hoje à direção nacional um documento com o posicionamento do partido. “Explicamos que não foi apenas uma questão eleitoral, mas também política”, afirmou Lobo. De Siqueira, teriam ouvido que a nacional respeitará a decisão, mas vai acompanhar os desdobramentos do processo.
Até porque os socialistas esbarram em um entrave: caso atendam ao desejo do PT, perderão o apoio do PSDB e de partidos como PPS, PR e PP, além de boa parte das legendas pequenas, que seguirão a decisão tucana. Isso porque o PSDB condiciona o apoio à rejeição da coligação proporcional entre PT e PSB.
As negociações em torno da disputa a vereador foram tão polêmicas que os tucanos nem participaram na manhã de sábado da convenção do PSB que homologou a candidatura à reeleição de Lacerda.
A ata do encontro deixou em aberto a disputa proporcional – que pode ser acertada até dia 5, data final para o registro das candidaturas. No entanto, no final da tarde de sábado, uma carta do PSB foi encaminhada ao PT. Nela os socialistas reafirmaram a candidatura de Miguel Corrêa Jr. (PT) a vice-prefeito, mas deixaram clara a decisão de lançar chapa própria para a Câmara. Nos bastidores a informação é de que houve pressão dos tucanos e de outros partidos que integram a aliança durante todo o dia.
Oficialmente dois fatores pesam contra o PT: além de parte da bancada na Câmara integrar a oposição a Lacerda, unido com os petistas o PSB elegeria três ou quatro vereadores. Com chapa própria, a expectativa é de conquistar pelo menos sete cadeiras. “Não tem a menor chance de revermos a chapa proporcional. Já havíamos colocado as condições para a aliança, e uma delas era a governabilidade. No entanto, lideramos com a oposição sistemática de parte do PT, e eles foram avisados disso”, argumentou outra fonte socialista. (Colaborou Paulo de Tarso Lyra)
O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, demonstrou extrema preocupação com a crise em Belo Horizonte, que se soma aos problemas de Recife e Fortaleza. Tão logo soube da decisão do PT mineiro, ele ligou para o presidente da sigla, Rui Falcão, pedindo que segurasse os “xiitas do partido”. Ontem, ele garantiu que, para a direção nacional do PSB, o assunto é prioridade: “É essencial a manutenção da aliança com o PT em Belo Horizonte”, completou.
Outro membro da direção, que preferiu não se identificar, também negou a hipótese de interferência. “No PSB a palavra intervenção é proibida. O que existe é diálogo, convencimento”, afirmou. Segundo a fonte, a cúpula da legenda foi pega de surpresa com a decisão dos colegas de não atender à reivindicação dos petistas, mas o presidente nacional e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria garantido que não vai interferir na sucessão da capital. “Nosso esforço sempre foi de estar junto com o PT e o PSDB”, completou, mas na base do diálogo.
O secretário de Organização do PT nacional, Paulo Frateschi, também negou que a direção de seu partido possa interferir na capital mineira. “É um assunto que será tratado no âmbito local”, assegurou. Ele ainda criticou a posição do PSB. “Eles estavam com um documento assinado, dizendo que fariam a coligação (na chapa de vereadores), e, na última hora, desistiram”, protestou.
Reunião
Carlos Siqueira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e o presidente municipal da legenda, João Marcos Lobo, se reuniram durante quase três horas na noite de ontem na casa de Lacerda. Os mineiros explicaram a situação da capital e se comprometeram a encaminhar hoje à direção nacional um documento com o posicionamento do partido. “Explicamos que não foi apenas uma questão eleitoral, mas também política”, afirmou Lobo. De Siqueira, teriam ouvido que a nacional respeitará a decisão, mas vai acompanhar os desdobramentos do processo.
Até porque os socialistas esbarram em um entrave: caso atendam ao desejo do PT, perderão o apoio do PSDB e de partidos como PPS, PR e PP, além de boa parte das legendas pequenas, que seguirão a decisão tucana. Isso porque o PSDB condiciona o apoio à rejeição da coligação proporcional entre PT e PSB.
As negociações em torno da disputa a vereador foram tão polêmicas que os tucanos nem participaram na manhã de sábado da convenção do PSB que homologou a candidatura à reeleição de Lacerda.
A ata do encontro deixou em aberto a disputa proporcional – que pode ser acertada até dia 5, data final para o registro das candidaturas. No entanto, no final da tarde de sábado, uma carta do PSB foi encaminhada ao PT. Nela os socialistas reafirmaram a candidatura de Miguel Corrêa Jr. (PT) a vice-prefeito, mas deixaram clara a decisão de lançar chapa própria para a Câmara. Nos bastidores a informação é de que houve pressão dos tucanos e de outros partidos que integram a aliança durante todo o dia.
Oficialmente dois fatores pesam contra o PT: além de parte da bancada na Câmara integrar a oposição a Lacerda, unido com os petistas o PSB elegeria três ou quatro vereadores. Com chapa própria, a expectativa é de conquistar pelo menos sete cadeiras. “Não tem a menor chance de revermos a chapa proporcional. Já havíamos colocado as condições para a aliança, e uma delas era a governabilidade. No entanto, lideramos com a oposição sistemática de parte do PT, e eles foram avisados disso”, argumentou outra fonte socialista. (Colaborou Paulo de Tarso Lyra)