Jornal Estado de Minas

Parecer da LDO será entregue nesta semana; proposta recebeu 4,1 mil emendas

Agência Câmara

O parecer final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2013 será entregue nesta semana pelo relator, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). As consultorias de orçamento da Câmara e do Senado passaram o fim de semana preparando o texto, que será apresentado ao senador em reunião na tarde de hoje. O presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), anunciou que vai colocar o texto em votação no dia 10.

O projeto recebeu 4.122 emendas, sendo 3.202 de texto e 920 para elaboração do Anexo de Metas e Prioridades. Essas últimas devem ser acolhidas integralmente, desde que estejam tecnicamente corretas. As demais ainda vão passar pela peneira da relatoria. O número de emendas apresentadas ao texto do projeto é recorde. Nos últimos dois anos, por exemplo, os parlamentares apresentaram, respectivamente, 3.010 e 2.694 emendas de texto.

Pontos polêmicos


O projeto apresenta diversos pontos polêmicos. O governo quer liberdade para executar integralmente, em 2013, os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das estatais, mesmo que a lei orçamentária não seja sancionada até 31 de dezembro. Parlamentares da oposição apresentaram emendas excluindo esse dispositivo da proposta.

Outra polêmica está nas transferências voluntárias de recursos da União para convênios com estados e municípios. O projeto desobriga os entes federados de cumprir as regras relativas ao controle de custo de obras e serviços de engenharia, como respeito às tabelas oficiais de custos nas licitações de obras de engenharia (Sinapi) e rodoviárias (Sicro). Segundo o texto, os repasses para convênios serão regidos por um ato conjunto dos ministérios do Planejamento, Fazenda e Controladoria-Geral da União (CGU).

A oposição também deverá cobrar do relator a inclusão de dispositivo obrigando o projeto da lei orçamentária, que chega ao Congresso em agosto, a definir um valor para atender a Lei Kandir, que isentou a exportação de produtos primários e semielaborados do ICMS. O assunto é especialmente delicado para os parlamentares de estados exportadores, como Pará, São Paulo e Minas Gerais.