O procurador explica que o procedimento foi aberto para apurar as negociações suspeitas decorrentes do "relacionamento do prefeito Raul Filho e seu amigo, Sílvio Roberto, com Carlinhos Cachoeira e seus assessores" e correrá paralela à investigação do órgão que apura outra denúncia envolvendo a esposa do prefeito, a deputada estadual Solange Duailibe (PT).
Esta outra investigação, conforme o procurador-geral, apura o depósito bancário de R$ 120 mil efetuados pelo esquema de Cachoeira na conta da ex-servidora Rosilda Rodrigues do Santos, que atuava no gabinete da esposa do prefeito. A conta era movimentada pelo ex-secretário municipal de governo e cunhado do prefeito Pedro Duailibe, exonerado do cargo após as denúncias do depósito.
"Nós estamos com esses procedimentos já em andamento e tomando as providências que o Ministério Público julgar conveniente; vamos ouvir muita gente, o prefeito, os seus assessores ligados ao caso para que cheguemos a uma conclusão", pontua Pereira, que vislumbra suposta conexão criminal entre todos os fatos. "Esse fato da Rosilda, do Pedro Duailibe, da Solange Duailibe, tudo envolve a Delta, a empresa. O negócio toma proporções maiores, mais profundos do que a gente pensava".
O Promotor Adriano Neves avalia que os vídeos mostrados corroboram com as denúncias da ação civil que tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública de Palmas. "Tudo o que foi mostrado nos vídeos comprovam o que eu venho mostrando nas ações civis, o vínculo entre o prefeito de Palmas e a Delta que resultou na fraude no processo licitatório que escolheu a Delta".
Desde 2009 o promotor questiona a contratação da empresa com sucessivos pedidos de anulação do contrato em liminares que foram negadas pela Justiça. "Quando vai ser julgado eu não sei, mas um dia vai terá de ser, e só o juiz pode dizer quando".