O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), atendeu ao governo e rejeitou em seu parecer a proposta que garante autonomia aos poderes Judiciário e Legislativo de incluir no Orçamento da União recursos para pagar despesas de pessoal, sem o aval do Executivo. Valadares propôs uma saída política ao impasse entre o Judiciário e o governo por causa do reajuste dos servidores, incluindo uma autorização para que os recursos sejam inseridos na proposta de Orçamento.
Questionada sobre transparência e a Lei de Acesso à Informação, Ideli saiu em defesa da publicação dos salários de todos os poderes, tal como feito pelo Executivo, insinuando que o Legislativo e o Judiciário resistem à divulgação para que as "distorções" não se tornem públicas.
"Por que não pode? Se vai o salário da presidenta da República para a internet, por que os demais servidores não podem ter o seu também divulgado? Talvez para não ficarem claras as diferenças, inclusive as distorções que têm na questão salarial dos servidores", criticou.
Sobre o mensalão, Ideli disse que espera que "justiça seja feita" no julgamento do caso, marcado para agosto no Supremo Tribunal Federal (STF). "É um assunto que é da esfera do Judiciário. Nós torcemos para que tudo corra de forma tranquila e também que a justiça seja feita conforme as provas e autos, que é o que todos nós aguardamos e torcemos para que aconteça", afirmou a ministra.