O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deu início à sua campanha eleitoral com uma caminhada marcada pelo tumulto dos militantes nas ruas do centro de São Paulo. Acompanhado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), pelo vereador Netinho de Paula (PCdoB) e por dirigentes dos partidos de sua coligação (PP, PSB e PCdoB), Haddad saiu da Praça Patriarca, em frente à sede da Prefeitura, e seguiu até a Praça da Sé, onde concluiu seu primeiro evento eleitoral com um ato político.
Em seu discurso, Haddad aproveitou para atacar o adversário tucano José Serra, que, segundo ele, decidiu iniciar a campanha de um "recinto fechado" para evitar o contato com a população. "Não temos medo do povo", cutucou o petista. Haddad referiu-se ao fato de Serra fazer uma reunião na sede do PSDB paulistano.
Tumulto entre militantes
A caminhada de Haddad começou com mais de uma hora de atraso na Praça do Patriarca, que estava ocupada de militantes dos quatro partidos da coligação e um pouco antes de sua chegada os dirigentes tiveram que trocar as bandeiras do candidato porque elas ainda não traziam o CNPJ da campanha, uma exigência da Justiça Eleitoral. Enquanto aguardavam o candidato, dois carros de som com promoters vestidas com shorts curtos e calças justas chamavam atenção de quem passava pela região. Os dois carros foram alugados pelo candidato a vereador Marcelo Frisoni (PP), marido da apresentadora Ana Maria Braga. "Sou um cara que quer fazer a cidade feliz", disse Frisoni aos jornalistas.
Durante a caminhada, Haddad esteve todo tempo cercado de militantes e de fotógrafos sem ter a chance de ter contato direto com o eleitorado. Em meio ao tumulto, um fotógrafo chegou a discutir com um jornalista e a situação teve de ser apaziguada por um vereador do PT. O percurso final foi liderado pelo senador Eduardo Suplicy. A caminhada terminou por volta das 17h30 em frente a Catedral da Sé.