O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), afirmou que cobrará explicações do engenheiro e empresário Wilder Pedro de Morais, suplente de Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO), senador que teve o mandato cassado na quarta-feira sob acusação de usar o mandato nos interesses do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Agripino Maia disse que só vai pedir esclarecimentos a Morais depois que ele deixar a secretaria. "Ele tem que primeiro renunciar à secretaria. Esperamos que ele esclareça as dúvidas", afirmou o presidente do DEM.
O líder do PT, Walter Pinheiro (BA), disse que, assim como ocorreu com Demóstenes, o suplente poderá se explicar no Conselho de Ética caso não consiga esclarecer a relação que tinha com o contraventor. "Com o quase senador, a nossa obrigação é colher as explicações na CPI ou no Conselho de Ética se necessário for. Além dele ter a obrigação de dar uma explicação ao eleitorado de Goiás, ele tem a responsabilidade com o Brasil", disse.
O líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que as suspeitas que pairam sobre Morais deveriam levar o Congresso a "radicalizar e extinguir" a figura dos suplentes. Para Dias, o mais recomendável para os casos de cassação seria deixar o cargo vago até a eleição mais próxima, quando poderia ocorrer uma nova disputa. O tucano, porém, nunca apresentou projeto com essa sugestão.