A estratégia do PT para retomar a administração da prefeitura de São Paulo depois de quase oito anos sob o comando de tucanos e, agora, de políticos do PSD, inclui a montagem de um estúdio de tevê no Instituto Lula para que o ex-presidente grave, com exclusividade, vídeos de campanha. A ideia é que a estrela petista e principal cabo eleitoral de Fernando Haddad (PT) evite fazer caminhadas ou viagens para participar das eleições municipais. Segundo Luiz Dulci, presidente do Instituto Lula, onde será instalado o estúdio, o ex-presidente ainda sente a garganta irritada e um problema na perna esquerda devido ao tratamento contra o câncer na laringe concluído em fevereiro. Lula só vai sair de São Paulo se os médicos autorizarem.
Gabriel Chalita, candidato do PMDB ao Executivo paulistano, também criticou os adversários e classificou as administrações de José Serra e do atual prefeito da cidade, Gilberto Kassab (PSD), de “higienistas”. O candidato do PRB, Celso Russomanno, disse não temer que sua proposta de reestruturação do sistema funerário da capital, feita durante o velório de sua mãe, que morreu na quarta-feira, vá afetar negativamente a campanha. O apresentador de televisão negou que tenha aproveitado o caso para tirar proveito político e criticou a prefeitura por vender caixões e oferecer serviços funerários. Segundo ele, a prática fere o Código de Defesa do Consumidor.
José Serra, que lidera as pesquisas eleitorais, inseriu em seu programa de governo propostas que já haviam sido anunciadas pelo atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), mas que não serão concluídas até o fim do mandato.
Na última pesquisa de intenção de votos para a prefeitura de São Paulo, realizada pelo Instituto Datafolha no fim de junho, Serra aparecia com 31%, Russomano tinha 24% e Haddad estava com 6%.